terça-feira, 20 de janeiro de 2015

ANSIEDADE – AUGUSTO CURY


Se tem uma coisa que realmente eu sou (mas ninguém acha hahahaha) é ansiosa.
Acho que na sociedade em que vivemos dificilmente você encontrará alguém que não seja ansioso. Já pode ser considerado um pré-requisito para estar inserido na sociedade contemporânea.
Caracterizada pelo autor como o mal do século, seu livro é constituído por um Prefácio, 15 capítulos e Referencias Bibliográficas.
No primeiro capítulo, o autor desmistifica a ideia de que o mal do século é a depressão, afirmando que verdadeiramente é a chamada Síndrome do Pensamento Acelerado.
No segundo capítulo, demonstra-se a incoerência de nunca termos tido tantas formas de lazer a nossa disposição, mas também nunca termos tido uma sociedade tão triste e depressiva, e de nunca termos tanto acesso a informação, mas não conseguimos desenvolver pensadores.
O terceiro capítulo demonstra a necessidade humana de criar problemas e de distorcer e contaminar os pensamentos por meio da nossa cultura e personalidade, da nossa emoção, do ambiente social e da motivação.
O quarto capitulo comprova a Síndrome do Pensamento Acelerado por meio de estatísticas.
Apresentando alguns mecanismos do processo de construção de pensamentos, o quinto capítulo analisa a ansiedade vital; o sexto, as janelas da memória como o armazém de informações; e o sétimo, os três tipos de janelas: janelas neutras, killer e light.
As janelas neutras constituem as áreas da memoria com informações sem conteúdo emocional. Já as janelas killer correspondem as áreas da memoria com conteúdo emocional traumático ou conflituoso, que dificulta ou bloqueia respostas inteligentes em situações estressantes, controlando, amordaçando e asfixiando a liderança do Eu e das nossas habilidades emocionais e intelectuais. Por fim, as janelas light relacionam-se a memoria de autocontrole, empatia, “resiliência, criatividade, raciocínio complexo, encorajamento, determinação, habilidade de recomeçar, proteger a emoção, gerenciar pensamentos.”
O oitavo capítulo apresenta o Eu como gestor dos pensamentos capaz de fazer escolhas, ser crítico e ter empatia, a fim de não ser levado pela ansiedade, fugindo das janelas killer e alcançando as janelas light.
O nono capítulo distingue seis tipos do Eu: o Eu Gerente, o Eu Viajante ou Desconectado, o Eu Flutuante, o Eu Engessado, o Eu Autossabotador e o Eu Acelerado, sendo que o primeiro Eu seria a forma ideal e os outros seriam suas formas doentias que necessitam de exercícios educacionais diários para atingir o Eu Gerente Ideal.
O décimo capítulo discute a Síndrome do Pensamento Acelerado em si e seus sintomas: ansiedade, mente inquieta ou agitada, insatisfação, cansaço físico exagerado, sofrimento por antecipação, irritabilidade e flutuação emocional, impaciência, tédio, dificuldade de lidar com pessoas lentas, baixo limiar para suportar frustrações, dor de cabeça, dor muscular, sintomas psicossomáticos, déficit de concentração, déficit de memoria, e transtorno do sono ou insônia.
O décimo primeiro capítulo revela uma das causas da Síndrome: a destruição da infância pelo excesso de informações a que ela é submetida pela sociedade contemporânea.
O décimo segundo capítulo demonstra os mais variados níveis desta Síndrome. Já o décimo terceiro, suas consequências: insatisfação crônica, retardamento da maturidade da emoção, morte precoce do tempo emocional, desproteção emocional e desenvolvimento de transtornos psiquiátricos, doenças psicossomáticas, comprometimento da criatividade, comprometimento do desempenho intelectual global, deterioração das relações sociais e dificuldade de trabalhar em equipe e cooperar socialmente.
O penúltimo e último capitulo mostra como gerenciar a Síndrome por meio do treinamento do Eu Gerente Ideal a fim de: ser livre para pensar, mas não escravo dos pensamentos; gerenciar o sofrimento antecipatório; fazer a higiene mental através da técnica do DCD (duvidar, criticar e decidir os pensamentos), fugindo, assim, das janelas killer; reciclar as falsas crenças; não ser uma máquina de trabalhar; não ser uma máquina de informações; e não ser um traidor da qualidade de vida.
Na verdade o livro discute algo muito além da ansiedade como característica humana, ou a nata por assim dizer. Ele discute a ansiedade levada aos seus extremos que adoece toda uma sociedade.
O pior é que confirmei minhas suspeitas: sofro da forma doentia da ansiedade (kkkkk), ou seja, a Sindrome do Pensamento Acelerado, e tenho que treinar muito o meu Eu Gerente para fugir das diversas janelas killer que me circundam.
Gostei tanto do livro que fui buscar informações sobre o programa Escola da Inteligencia criado pelo autor para debater ideias, desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do outro e de pensar antes de reagir para desenvolver relações saudáveis, da capacidade de trabalhar perdas e frustrações, prevenindo transtornos psíquicos, formando pensadores criativos e não repetidores de informações.

Se você também ficar interessado, obtenha mais informações nos sites: www.escoladainteligencia.com.br e www.augustocurycursos.com.br

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