Se tem uma coisa que
realmente eu sou (mas ninguém acha hahahaha) é ansiosa.
Acho que na sociedade em que
vivemos dificilmente você encontrará alguém que não seja ansioso. Já pode ser
considerado um pré-requisito para estar inserido na sociedade contemporânea.
Caracterizada pelo autor
como o mal do século, seu livro é constituído por um Prefácio, 15 capítulos e
Referencias Bibliográficas.
No primeiro capítulo, o
autor desmistifica a ideia de que o mal do século é a depressão, afirmando que
verdadeiramente é a chamada Síndrome do Pensamento Acelerado.
No segundo capítulo,
demonstra-se a incoerência de nunca termos tido tantas formas de lazer a nossa
disposição, mas também nunca termos tido uma sociedade tão triste e depressiva,
e de nunca termos tanto acesso a informação, mas não conseguimos desenvolver
pensadores.
O terceiro capítulo
demonstra a necessidade humana de criar problemas e de distorcer e contaminar
os pensamentos por meio da nossa cultura e personalidade, da nossa emoção, do
ambiente social e da motivação.
O quarto capitulo comprova a
Síndrome do Pensamento Acelerado por meio de estatísticas.
Apresentando alguns
mecanismos do processo de construção de pensamentos, o quinto capítulo analisa
a ansiedade vital; o sexto, as janelas da memória como o armazém de
informações; e o sétimo, os três tipos de janelas: janelas neutras, killer e
light.
As janelas neutras
constituem as áreas da memoria com informações sem conteúdo emocional. Já as
janelas killer correspondem as áreas da memoria com conteúdo emocional traumático ou
conflituoso, que dificulta ou bloqueia respostas inteligentes em situações
estressantes, controlando, amordaçando e asfixiando a liderança do Eu e das nossas
habilidades emocionais e intelectuais. Por fim, as janelas light relacionam-se
a memoria de autocontrole, empatia, “resiliência, criatividade, raciocínio
complexo, encorajamento, determinação, habilidade de recomeçar, proteger a
emoção, gerenciar pensamentos.”
O oitavo capítulo apresenta
o Eu como gestor dos pensamentos capaz de fazer escolhas, ser crítico e ter
empatia, a fim de não ser levado pela ansiedade, fugindo das janelas killer e
alcançando as janelas light.
O nono capítulo distingue
seis tipos do Eu: o Eu Gerente, o Eu Viajante ou Desconectado, o Eu Flutuante,
o Eu Engessado, o Eu Autossabotador e o Eu Acelerado, sendo que o primeiro Eu
seria a forma ideal e os outros seriam suas formas doentias que necessitam de
exercícios educacionais diários para atingir o Eu Gerente Ideal.
O décimo capítulo discute a
Síndrome do Pensamento Acelerado em si e seus sintomas: ansiedade, mente
inquieta ou agitada, insatisfação, cansaço físico exagerado, sofrimento por
antecipação, irritabilidade e flutuação emocional, impaciência, tédio,
dificuldade de lidar com pessoas lentas, baixo limiar para suportar
frustrações, dor de cabeça, dor muscular, sintomas psicossomáticos, déficit de
concentração, déficit de memoria, e transtorno do sono ou insônia.
O décimo primeiro capítulo
revela uma das causas da Síndrome: a destruição da infância pelo excesso de
informações a que ela é submetida pela sociedade contemporânea.
O décimo segundo capítulo
demonstra os mais variados níveis desta Síndrome. Já o décimo terceiro, suas
consequências: insatisfação crônica, retardamento da maturidade da emoção, morte
precoce do tempo emocional, desproteção emocional e desenvolvimento de
transtornos psiquiátricos, doenças psicossomáticas, comprometimento da
criatividade, comprometimento do desempenho intelectual global, deterioração
das relações sociais e dificuldade de trabalhar em equipe e cooperar
socialmente.
O penúltimo e último
capitulo mostra como gerenciar a Síndrome por meio do treinamento do Eu Gerente
Ideal a fim de: ser livre para pensar, mas não escravo dos pensamentos;
gerenciar o sofrimento antecipatório; fazer a higiene mental através da técnica
do DCD (duvidar, criticar e decidir os pensamentos), fugindo, assim, das
janelas killer; reciclar as falsas crenças; não ser uma máquina de trabalhar;
não ser uma máquina de informações; e não ser um traidor da qualidade de vida.
Na verdade o livro discute
algo muito além da ansiedade como característica humana, ou a nata por assim
dizer. Ele discute a ansiedade levada aos seus extremos que adoece toda uma
sociedade.
O pior é que confirmei
minhas suspeitas: sofro da forma doentia da ansiedade (kkkkk), ou seja, a Sindrome do
Pensamento Acelerado, e tenho que treinar muito o meu Eu Gerente para fugir das
diversas janelas killer que me circundam.
Gostei tanto do livro que
fui buscar informações sobre o programa Escola da Inteligencia criado pelo
autor para debater ideias, desenvolver a capacidade de se colocar no lugar do
outro e de pensar antes de reagir para desenvolver relações saudáveis, da
capacidade de trabalhar perdas e frustrações, prevenindo transtornos psíquicos,
formando pensadores criativos e não repetidores de informações.
Se você também ficar
interessado, obtenha mais informações nos sites: www.escoladainteligencia.com.br
e www.augustocurycursos.com.br